sexta-feira, 14 de agosto de 2020

5º ano - Semana de 10/08/2020 à 14/08/2020

NÃO PRECISA COPIAR O TEXTO OU AS QUESTÕES.

BASTA ANOTAR O NÚMERO E COLOCAR APENAS AS RESPOSTAS NO CADERNO. 

BOM ESTUDO!

Agosto, mês do Folclore brasileiro.  

     
  
   
https://youtu.be/Nv-ZXzaH6_k

O folclore brasileiro é muito rico, seja pelas tradições populares, rituais, música, remédios, comidas típicas, festividades, lendas e etc, que são a base da cultura do povo brasileiro.

O Saci-Pererê, o Curupira, o Boitatá, o Boto Cor de Rosa, a Mula-Sem-Cabeça, e muitos outros personagens, por exemplo, tornam o folclore do Brasil único!

O NEGRINHO  DO PASTOREIO

    No tempo dos escravos, havia um estancieiro muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém.

    Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos de estância não conheciam cerca de arame; quando muito, havia apenas alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar bobagem… No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus nosso Senhor: rios, cerros, lagoas.

    Pois de uma feita, o pobre negrinho, que já vivia as maiores judiarias nas mãos do patrão, perdeu um animal no pastoreio. Pra quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e, depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo, e saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância.

    Então, foi outra vez atado ao palanque e dessa vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer.

Vai daí, o patrão mandou abrir a “panela” de um formigueiro e o atirarem lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhando em sangue.

    No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro.

    Qual não é a sua surpresa ao ver o Negrinho do Pastoreio: ele estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos.

    O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu.

    Apenas beijou a mão da santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

    Desde aí, o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela, ou atirar num canto qualquer naco de fumo.

(Domínio público)

Questões

1) Qual é o título do texto?

 2)    Qual é o tema do texto?

 3) Quem é o personagem principal do texto?

 4) Onde se passa a história?

 5) Este texto é um texto informativo ou folclórico? Justifique sua resposta.

 6) Quantos parágrafos há no texto?

 7) O estancieiro era bom ou ruim? Por quê?

 8) Qual era a função do negrinho?

 

Lenda do Saci-Pererê

    O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.

    Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.

    O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.

    Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para capturá-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele.

Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer a seu “proprietário”.

    Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.

    A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o Saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.

 Interpretação de texto

1)    Qual é a origem da lenda do Saci?

2)    Qual foi a influencia africana na imagem do Saci? Explique.

3)    Descreva o comportamento do Saci.

4)    Cite as travessuras do Saci.

5)    De que maneira o Saci se locomove?

6)    O que fazer para que o Saci obedeça a seu proprietário?

7)    Como o mito do saci ficou conhecido nos grandes centros urbanos?

8)    Qual é a marca registrada do saci ?

9)    Qual é o dia do saci?

10)  Marque as alternativas abaixo com verdadeiro (V) ou falso (F).

(  ) O Saci ficou com uma perna só porque foi maltratado pelo seu patrão

(  ) O Saci é um grande conhecedor de ervas medicinais

( ) O Saci é um personagem que provavelmente surgiu com os índios, mas depois sofreu influência da cultura africana

(  ) Uma das travessuras do Saci é assustar crianças desobedientes

 

A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA


    A enorme folha boiava nas águas do rio. Era tão grande que, se quisesse, o curumim que a contemplava poderia fazer dela um barco. Ele era miudinho, nascera numa noite de grande temporal. A primeira luz que seus pequeninos olhos contemplaram foi o clarão azul de um forte raio, aquele que derrubara a grande seringueira, cujo tronco dilacerado até hoje ainda lá estava.

    – Se alguém deve cortá-la, então será meu filho, que nasceu hoje”, falou o cacique ao vê-la tombada depois da procela. Ele será forte e veloz como o raio e, como este, ele deverá cortá-la para fazer o ubá com que lutará e vencerá a torrente dos grandes rios…”

    Talvez, por isso, aquele curumim tão pequenino já se sentisse tão corajoso e capaz de enfrentar, sozinho, os perigos da selva amazônica. Ele caminhava horas, ao léu, cortando cipós, caçando pequenos mamíferos e aves; porém, até hoje, nos seus sete anos, ainda não enfrentara a torrente do grande rio, que agora contemplava.

    Observando bem aquelas grandes folhas, imaginou navegar sobre uma delas, e não perdeu tempo. Pisou com muito cuidado – os índios são sempre muito cautelosos – e, sentindo que ela suportava o seu peso, sentou-se devagar, e com as mãozinhas improvisou um remo. Desceu rio abaixo.

    É verdade que a correnteza favorecia, mas, contudo, por duas vezes quase caiu. Nem por isso se intimidou. Navegou no seu barco vegetal até chegar a uma pequena enseada onde avistou a mãe e outras índias que, ao sol, acariciavam os curumins  quase  recém-nascidos  embalando-os  com  suas  canções,  que  falam da lua, da mãe-d’água do sol e de certas forças naturais que muito temem.

    Saltando em terra, correu para junto da mãe, muito feliz com a façanha que praticara:

    – Mãe, tenho o barco. Já posso pescar no grande rio?”

    – Um barco? Mas aquilo é apenas um uapê; é uma formosa índia que Tupã transformou em planta.”

    – Como, mãe? Então não é o meu barco? Você sempre me disse que eu um dia haveria de ter meu ubá…”


    – Meu filho, o teu barco, tu o farás; este é apenas uma folha. É Naia, que se apaixonou pela lua…”

    – Quem é Naia?”, perguntou curioso o indiozinho.

    – Vou  contar-te…  Um  dia,  uma  formosa  índia,  chamada  Naia,  apaixonou-se pela lua. Sentia-se atraída por ela e, como quisesse alcançá-la, correu, correu, por vales e montanhas atrás dela. Porém, quanto mais corriam, mais longe e alta ela ficava. Desistiu de alcançá-la e voltou para a taba.

    – A lua aparecia e fugia sempre, e Naia cada vez mais a desejava.

    – Uma noite, andando pelas matas ao clarão do luar, Naia se aproximou de um lago e viu, nele refletida, a imagem da lua.

    – Sentiu-se feliz; julgou poder agora alcançá-la e, atirando-se nas águas calmas do lago, afundou.

    – Nunca mais ninguém a viu, mas Tupã, com pena dela, transformou-a nesta linda sua aveludada corola.

    – Vês? Não queiras, pois, tomá-la para teu barco. Nela irás, por certo, para o fundo das águas.

sua aveludada corola.

    –   – Meu filho, se te sentes bastante forte, toma o machado e vai cortar aquele tronco que foi vencido pelo raio. Ele é teu desde que nasceste.

    – Dele farás o teu ubá; então, navegarás sem perigo. Deixa em paz a grande flor das águas…”

    Eis aí, como nasceu a história da vitória-régia, ou uapê, ou iapunaque-uapê, a maior flor do mundo.

Machado, Irene. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. p. 105-106.

 

QUESTÕES

1)    Qual é o título do texto?

2)    Qual é o tema do texto?

3)    Quem é o autor ?

4)    Quantos parágrafos contem?

5)    Onde se passa a história?

6)    Quem são os personagens do texto?

7)    Quem conta a história da vitória régia?

8)    O que aconteceu com Naia? E por quê?

9)    Em sua opinião o que significa curumim e ubá?

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário